Esta casa de 100 m2, desenvolve-se em um só pavimento, com sala de estar, copa, cozinha tipo “open space”, dois dormitórios e um banheiro. Localizada em uma pequena vila na província de Tarragona, a residência foi pensada como uma casa de fim de semana que tenha uso fácil e eficiente e aproveite ao máximo o entorno natural.
O projeto é pensado como uma “caixa de viver” (living box), que se pode abrir, fechar, acender, apagar, esquentar ou esfriar de maneira eficiente e rápida, aproveitando ao máximo as condicionantes naturais como a orientação, vegetação e a altitude. Adotou-se o desenho cúbico, racional, funcional, em que a transição entre espaços interiores e exteriores seja a mais fluida possível.
A estética da casa é marcada pelo contraste entre a luminosidade ocre de sua fachada de aço corten e o verde da natureza circundante. As persianas em aço corten perfurado, completamente integradas na fachada, são personalizadas através do desenho de folhas de hortelã (modificadas com o “filtro Infinski”) e projetam a forma luminosa no interior durante o dia e para o exterior à noite, como uma “caixa iluminada”.
Com as esquadrias abertas, as perfurações das persianas permitem uma leve circulação de ar, além de proteger o interior da insolação direta. A forma cúbica da casa é distorcida ligeiramente em uma subtração do volume ao norte, que cria zonas de sombra em diferentes momentos do dia.
O projeto segue os conceitos de arquitetura bioclimática mediante seu projeto de aquecimento solar passivo, sua fachada “inteligente”, o aproveitamento das árvores circundantes, seu sistema de ventilação cruzada, entre outros.
O sistema construtivo tradicional da empresa Infiniski, por containers, foi substituído neste caso por um sistema modular pré-fabricado. Isto permitiu um melhor aproveitamento do espaço e uma maior otimização dos materiais, sendo que foram utilizados 3 módulos metálicos (ISO – transporte), que sustentam a edificação. Uma construção industrializada e modular permite a gestão eficaz dos resíduos, a introdução de materiais reciclados e um processo mais integrado de execução. Também permite a redução dos custos, do tempo e a contaminação do meio ambiente, chegando a uma alta qualidade arquitetônica e de projeto.
O isolamento térmico é feito de lã de ovelha (Fabricante: RMT‐Nita Distribució Sostenible Aillants Renovables) e os revestimentos internos são feitos por painéis de fibra de celulose e gesso natural, que substituem o tradicional Pladur, por uma composição mais ecológica (Fabricante: Fermacell).
Com a ação conjunta da arquitetura bioclimática, o uso de materiais ecológicos e isolantes de alta qualidade, a integração de sistemas de energias renováveis (Calefação por biomassa e painéis solares para aquecimento de água) o edifício busca um alto conforto térmico para os usuários. Desta maneira, atingiu conceito A de eficiência energética com o reconhecimento oficial do instituto Catalão de Energia (ICAEN).
A casa, de 100 m2, teve um custo de 100.000 euros e um tempo de execução de 3 meses. Pode ser facilmente ampliável em 30 m2, se o morador necessitar no futuro.